sexta-feira, 31 de julho de 2009

Yesterday.

Que dia maluco o dia de ontem. Acredito que só os que viram com seus próprios olhos entenderão minha descrição das últimas 24 horas, ou 15, que seja. Após longo período fazendo uhhmm, como posso dizer.... NADA; Encontrei-me para um round de poker, aonde os adversários eram como irmãos e como tal riram, jogaram e brigaram antes que a partida terminasse. Vi big players serem eliminados randomicamente pela sorte encarnada, e posso dizer, até demais, em uma criança, um feto, um pingo. O telefone a espreita, aguardando o momento para dar um ALL-IN sincronizado pra cima de quem quer que fosse, e mais, com a mão vigente, boa ou ruim. Vi um homem de fé, que se preocupava com o salame e com o limão de cada dia perder as estribeiras e jogar tudo pro alto. Notei que existiam três mosqueteiros, que por falta de missão, encheram a cara. Vi homens de respeito, confraternizando, serem acertados na cara pelo inconveniente sarcasmo da vida. E vi cara-de-pau que daria para construir um navio, um navio pirata. Vivi a revolta e a revolução, a anarquia e o vandalismo, quase suicida. Encontrei a amizade em um copo de tequila e a inovação em um pacote de canudinhos. O vômito que foi e voltou, a cachorra mais amada do mundo, saltos ornamentais, vi a audácia dormir na cama da amada e acordar de ressaca. Isso tudo em apenas um dia, que escondeu tão pouco que revelou demais.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Um trecho.

Este texto não é um melodrama. Jhonny Gasquez, fruto da miscigenação entre os antigos membros da Cosa Nostra com a massa latino-americana que invadira Miami nos anos subseqüentes, estava agora na maior sinuca de bico de sua vida. O tambor da arma estava cheio, o cão puxado. Seus olhos miravam a gota de suor na testa de Louis Vicenzo, o açougueiro. Fosse outra pessoa, esse parágrafo já teria começado com uma poça de sangue e miolos na parede, mas não, Louis era pai de Dora, a namorada de Jhonny, e de uma forma ou de outra a causa de toda essa discussão. Tudo começou na véspera do dia 4 de julho, aonde os estrangeiros aproveitavam o ensejo irônico da comemoração dos verdadeiros americanos, para comer bruschettas e apreciar de um bom whisky 12 anos contrabandeado. Jhonny acabara de sair do Gordinos, a melhor cozinha italiana da cidade aonde ele trabalhava para encontrar-se com Dora, em frente à escola pública aonde ela lecionava. Quando estacionou o seu velho Chevy 46, percebeu que algo havia de errado. Aquele silêncio, a escola vazia, em pleno ano letivo. Jhonny fez que abrira a porta e então tornou a fechá-la, deu uma ou duas olhadas desconfiadas pelo retrovisor, carregou sua magnum 44 e a colocou na cintura. Aí sim, saiu do carro, acendeu um cigarro, e caminhou calmamente até a porta da escola. Vacilou a mão sobre a maçaneta apenas tempo suficiente para perceber que esta estava aberta. Muito suspeito, se estivessem todos fora, com certeza haveria uma corrente exageradamente grande trançada junto às maçanetas da porta de entrada, pensou Jhonny. Mais um trago no cigarro, e Jhonny decidiu checar os fundos da escola, um ato de puro instinto, fruto de sua descendência siciliana. Antes mesmo de tomar tempo para observar o que fosse, escutou-se um estampido alto, o estralo de um tapa, e em seguida, choro, choro esse que Jhonny reconheceu na hora, era Dora. Foi então que Jhonny, perdendo a cabeça saiu correndo e arrombou a porta dos fundos da velha escola. Já ia entrando correndo quando o juízo tornou a abraçá-lo e o fez parar. Lá estava ele, encostado em um típico armário de escola americana, em um típico corredor de escola americana, escola essa que ele mesmo nunca freqüentou. De certa forma Jhonny achou irônico que sua primeira visita a escola contasse com uma Magnum 44 e um óculos Ray Ban. Mas sim, o que o fez parar foi a visão de um sujeito com um 38 no coldre e suspensórios, algo extremamente italiano, bem no fim do corredor. Jhonny aguardava aquele minuto que parecia uma hora e contava os passos do velho italiano um por um, calculando em sua mente o quão próximo poderia estar seu alvo. Quando ele presumia que o inimigo estivesse a um metro de distância este de repente o ultrapassou inadvertidamente. A conta estava errada, logo Jhonny descobriu o porquê, o velho carcamano possuía pernas enormes. Sem titubear Jhonny alcunhou seu revólver e deu-lhe uma coronhada no lobo occipital com tanta força que desacordou o meliante imediatamente. Não satisfeito se abaixou ao lado do velho e com uma puxada forte e torcida, deslocou o pescoço de seu adversário. Jhonny por um segundo se perguntou o porquê de tê-lo matado, mas se conformou com o fato do senhor de bigodes possuir uma arma também em seu poder, pois nesse caso este velho carcamano estirado no chão só poderia ser de duas espécies, ou policial ou bandido, e Jhonny tinha aversão pelos dois. Prosseguiu, e logo subiu o lance de escadas que havia virando o corredor. Avistou um homem de terno careca, fortuitamente andando para o lado oposto de onde ele estava. Por um momento Jhonny havia decidido deixá-lo viver, mas ficou inseguro com o fato de ser surpreendido posteriormente por tal careca, seria um arrependimento sem retorno. Aproximou-se então taciturnamente, puxou o velho canivete que ganhara de seu pai quando jovem, e perfurou um dos rins do careca com sua mão esquerda, sim, Jhonny era canhoto, enquanto que com sua mão direita abafou qualquer ruído que esse pudesse produzir. Depois disso foi a garganta, um movimento coordenado da direita para esquerda, reto, sem muitas complicações e o problema do homem careca, e agora no chão, pode-se perceber, extremamente narigudo, estava resolvido. O tempo passava rápido e a ausência da visão de Dora começava a latejar na cabeça de Jhonny como uma terrível dor de cabeça, transtornado ele procurou até encontrar o que o vigia careca na realidade protegia, a porta do auditório da escola. Era certo, que a entrada comum por aquela porta resultaria em um ticket apenas de ida ao cemitério mais próximo, e talvez na forma de picadinho de carne. Discrição era algo indispensável neste momento. Como Jhonny presumira só havia três tipos de pessoas naquele prédio. Crianças, alunos, o qual o disfarce sobre uma criança de sétima série seria extremamente ineficaz. Bandidos, os quais com certeza se conheciam entre si, e não acreditariam na inserção repentina de mais um comparsa. E professores. Jhonny tratou logo de levar ao banheiro aquele careca e enquanto retirava sua jaqueta de couro já se imaginava no terno cinza do falecido inimigo. Estava agora ele perfeito, vestido de cinza, cabelo para trás, passaria facilmente por um professor de geografia. Ao se virar para deixar o banheiro, percebeu o primeiro contratempo, uma enorme mancha de sangue aonde antigamente, julgou Jhonny, se localizava o rim de seu ex-adversário. Teve então que abandonar o terno, mas isso não se configurou um grande problema já que ao colocar duas canetas no bolso de sua camisa branca, Jhonny notara o quanto estava agora parecido a um jovem professor de matemática, mais especificamente, de geometria. Tendo tudo pronto em suas mãos, exceto ele mesmo, Jhonny abriu a porta dizendo “Bem diretor, eu não acho que possa substituir Mary naquelas aulas de...” e foi logo interrompido por um sonoro “Pro chão desgraçado!”. Dora percebeu que era seu amado ali deitado no chão e já ia gritando seu nome em um gesto impensado quando foi surpreendida por outro forte tapa, dado por uma loira, inegavelmente sexy, mas provavelmente tão má quanto bela. Que sorte a de Jhonny, se lhe escapa o nome seu disfarce estava acabado e seu plano no lixo. O sujeito que pelo que parecia comandava o show, era um exagero em pessoa, sobrepeso, “sobrealtura”, barbudo, meu palpite é de que ele era turco, mas provavelmente era apenas libanês. Possuía uma voz desnecessariamente grossa, como um grunhido de um cão. E claro, sua primeira atitude foi questionar Jhonny. “Quem é você, seu merda?” A vontade de Jhonny era de descarregar sua arma inteira naquele momento, mas ele se concentrou no planejado e respirou aquela velha calma da antiga máfia para combater sua cabeça quente de origem latina. “Manfred, professor de geometria” Jhonny respondeu. “Quem deixou você entrar? Onde está o Walter?” retrucou o turco, ou libanês. E Jhonny disse que não sabia de nada, e até falseou um choro. Foi aí que o manda-chuvas disse a loira “Ana, vá checar o Walter.” Naquele momento aonde havia, excetuando-se os reféns, apenas um homem na sala, uma mulher fora dela e dois homens mortos, um no corredor e outro no banheiro, Jhonny enxergara a sua melhor oportunidade. Quando a porta fechou Jhonny descarregou dois tiros, ambos a queima roupa no armário de homem a sua frente, e mau este tocara o chão, Jhonny já estava abrindo a porta em busca da última integrante do grupo de larápios, mas ela havia sumido. Com a adrenalina a mil, Jhonny olhava em volta em busca de algo que estivesse faltando, mas só o que havia eram crianças chorando, professores e Dora correndo para abraçá-lo. Aquele abraço era reconfortante como estar em casa, mas Jhonny ainda tremia. Só conseguiu reunir forças para recomendar que chamassem a polícia e para pegar sua jaqueta de couro e Dora e dar o fora dali antes que os canas chegassem.

Trinta e cinco metros quadrados, este era o tamanho da segurança que Jhonny sentia ao estar em casa. Dora preparava algo na cozinha que pelo aroma com certeza continha cebolas. Já ele aproveitava cada segundo naquele velho sofá da sala para descansar seu corpo do que parecia ter sido uma guerra de dez anos. O jovem rapaz ainda estava tentando processar tudo que havia acontecido naquela terça-feira à tarde, um dia pelo menos incomum na vida do atrevido Jhonny Gasquez. Ao juntar o que ele havia presenciado com as informações de Dora, tudo que se conseguiu reunir foram os fatos de um ato isolado, mas algo dizia a Jhonny como um soco na cara que aquilo havia de ser armação. Pensou então nos irmãos Materazzi. Com certeza, os números um e dois na lista de suspeitos. Se o mau-caráter e a vilania fossem irmãos eles seriam terríveis, se fossem gêmeos, seriam os irmãos Materazzi. Suas suspeições só foram interrompidas pelo calor da sopa que se aproximava de seu rosto. “É pra você, vai precisar, está um caco” disse Dora. Jhonny olhou fundo nos olhos de sua namorada, feliz que ela estivesse por perto, ainda tão bela, mesmo cansada, com o rosto inchado dos tapas. Ele apenas arfou e aceitou a oferta da sopa, ele realmente estava faminto, e de certa forma achou que a sopa afastaria seus pensamentos por alguns minutos. Após o jantar, Jhonny viu um pouco de televisão, os velhos programas de palco, entrevistadores renomados fingindo interesse em celebridades altamente fúteis e os playoffs de domingo. Nada daquilo parecia incomodá-lo, no fundo tudo que ele desejava era um pouco de barulho, o silêncio naquele dia estava assustador. Depois de uma breve jornada no ócio criativo ele decidiu se levantar do sofá e dizer a Dora “Vá dormir, e não se preocupe comigo, voltarei um pouco tarde”. Dora nem sequer se incomoda mais com este tipo de atitude, os anos e a convivência, mesmo que breves, já a fizeram se acostumar com o estilo de seu companheiro.
Descendo o elevador Jhonny olhou no espelho, e julgou que sua cara parecia de alguém obstinado, isso o alegrou e o consternou por outro lado. Piso térreo, a rua parece não saber do que se passara naquele dia, as pessoas faziam tudo como de costume, o velho Tibbles da banca de jornal ainda tinha a audácia de estampar um sorriso de orelha a orelha, a senhora Maple da casa ao lado ainda reclamava de alguma coisa, qualquer que fosse ela, um gordo comprava o jornal do dia, tarde da noite na máquina em frente à sorveteria. Tudo como sempre na velha Miami. Foi então que Jhonny decidiu ir ao Lucky Seven, um bar da pior qualidade, desses que ele mesmo frequentava procurar por Ortiz, talvez ele soubesse notícias dos gêmeos. O bar estava cheio de pessoas, e quando digo desta forma parece óbvio, mas quero dizer que o bar estava realmente cheio, e que essas pessoas não significavam nada, apenas uma. Rocco. Quando Jhonny pisou no bar, Rocco já tentava sair pela porta lateral, mas esbarrou sem querer em um casal e foi ao chão, Rocco era primo de Ortiz, e por seu gesto já entregava duas coisas, Ortiz não estava lá, e ele sabia de alguma coisa. Ambos deviam saber a esta altura. Ainda no chão Rocco sentiu o frio do cano da Magnum 44 esquentar em sua cabeça e logo já foi se explicando: “Nós não tivemos nada a ver. Não é nada do que você está pensando Jhonny, não queríamos isso pra Dora”. Jhonny sugeriu que conversassem lá fora, era mais apropriado, pagou um dólar de som para os demais e deixou o velho e empoeirado Lucky Seven até chegarem a um beco logo ali na Third Street. Rocco era o típico latino vivendo em Miami ilegalmente, gerando despesas e problemas ao estado. Ele e seus primos vieram do México para organizar um esquema de contrabando de cargas para fora dos EUA, e desde que esse projeto havia ido por água a baixo, os chicanos se refestelavam entre pequenos furtos e tráfico de drogas. Neste momento ele era apenas uma peça do quebra-cabeças que Jhonny começara a desvendar. O mexicano parecia assustado, cheirava a medo, mas não muito de Jhonny, ele vigiava as ruas a todo o momento e implorava o adiamento da conversa. “É muito perigoso Jhonny, você não entende, eu serei um homem morto, eu não posso, aqui não...” dizia ele. Jhonny já estava perdendo a paciência quando Rocco sugeriu “Olhe, eu te conto tudo, tudinho, mas deixe pelo menos que mudemos de local, vamos para minha casa, aqui não é seguro”. Percebendo o tom de desespero na voz do chicano Jhonny decidiu ceder: “Tudo bem, mas vamos rápido, meu carro está logo ali”. Rocco agradeceu em um aceno de cabeça e ia deixando o beco quando escutou o som de um carro, que ao que parecia estava em alta velocidade, cantando pneus, se aproximando do local onde estavam. O medo paralisou o indivíduo que parece ter pressentido o que estava por vir. Jhonny só teve tempo de pular atrás de um latão de lixo que havia no beco antes de escutar os inúmeros disparos por segundo provenientes daquele carro. Rocco tomava forma do que parecia ser agora uma peneira coberta de sangue. Lá se ia uma das principais fontes de informação que Jhonny possuía. Geralmente Jhonny por seu estilo durão conseguia se envolver em inúmeras confusões, mas aquele dia superava tudo que ele havia passado. Mesmo ele, não entendia o porquê de tanta hostilidade. Meio atônito ainda, meio perturbado, Jhonny decidiu deixar o local para evitar problemas com a polícia e não conseguira pensar em outro local que não fosse o velho Lucky Seven para acolher talvez um drinque ou dois. Woody Allen costumava dizer que a periculosidade de um indivíduo poderia ser demonstrada quando este continuasse a almoçar normalmente mesmo após o indivíduo da mesa ao lado ser baleado na cabeça. Jhonny não era dos menos perigosos, mas até ele, precisava naquele momento de uma bela dose “cowboy” de Jack Daniel’s para afogar aquela história toda. A jukebox tocava músicas extremamente tristes no antigo bar, Jhonny tinha flashes de sua infância e do que é hoje em dia, as escolhas feitas, os caminhos deixados para trás, e se perguntava se era feliz, se havia arrependimentos, pensou também em Dora, e lembrou que no momento o mais importante era protegê-la, ela era a única porção que restara da metade boa de Jhonny, e ele havia de preservá-la antes de tudo. Decidiu voltar pra casa, ir vê-la. Pegou sua jaqueta no banquinho ao lado e já ia deixando o bar quando Dino, o barman o chamou: “Ei, eu não sei o que você queria com Rocco, mas de qualquer forma ele deixou isto aqui no bar assim que você abriu a porta, acho que ele deve ter esquecido... Se encontrá-lo, entregue a ele”. Era um envelope, Jhonny fez que sim com a cabeça, pôs o envelope no bolso da jaqueta e foi embora. O frio era forte lá fora, Jhonny nem contara quantos cigarros havia fumado durante a volta pra casa, mas com certeza foram muitos. Ao chegar em casa, imediatamente abriu o envelope. Dentro dele havia um endereço e um número telefônico: Rua Melbery Street, 452; Tel: 3544-3325. Estava tarde para ligar, Jhonny julgou ser melhor ir descansar e no outro dia se encarregaria de descobrir o que eram essas duas novas pistas. O nome Ana, o endereço, o telefone e Rocco rondaram os pensamentos do rapaz até que ele caísse de vez no sono.


TO BE CONTINUED...

Meu livro

Tenho escrito um livro, acho que estou apaixonado por ele. Quando nasceu era apenas um rascunho, depois cresceu tão rápido, quando vi, já era um texto! No início ele me obedecia bastante, mas sabe como é, quando eles crescem, querem ter suas próprias vidas, nem posso mais postá-lo no meu blog. Ele dá trabalho, toma tempo, mas também gera muitas alegrias, me divirto bastante vendo ele se desenvolver dia após dia. Acho que no final das contas eu também cresço com essa história toda. Ele não é dos mais bonitos sabe? Nem é tão bom assim na escola, mas como dizia o poeta não é: Para quem ama bonito o feio lhe parece.

Um hoje que já se passou.

Hoje acordei bem cedo e fui pescar. Pra quem me conhece bem sabe que esse não é exatamente um dia comum pra mim. A água me surpreendeu, eu achei que ela fosse estar fria, mas estava morna. Isso sim é uma surpresa agradável. Eu acabei entrando até mais do que o necessário, fiquei pescando com a água quase na altura do meu peito, me senti um profissional. Além do mais, era como estar em uma piscina gigante, de água morna, onde eu estava concorrendo a um jantar grátis. E o melhor eu estava de roupa, minha mãe morreria se ela visse isso antigamente. Essa é uma das vantagens de ficar velho. No mais, foi tudo calmo, excetuando-se o pássaro que entrou no meu quarto para fugir de um tiro de pistola. Ele no começo parecia assustador, o Batman entrando pela janela do meu quarto. Mas depois percebi que ele ou ela, acho que era ela, era o pássaro mais dócil que eu já tinha visto. Mesmo assim não me amarro muito em bichos que voam. Acho que é inveja. Desconfio também que o livro anti-nazismo que eu esteja lendo seja nazista. Seria isso um plano dos neonazistas? Eu não sei, li apenas 11 páginas de 364. Hoje também ouvi músicas tristes, que costumo ouvir só no Gama, e sim, senti saudades.

O primogênito de um passeio no campo

Há muito que venho esperando não inspiração, mas circunstância para registrar quem sabe um pouco da trama que se desenvolveu em tão curto espaço ao meu redor. A mesma que agora me aperta, de uma forma ligeiramente confortável, o que a torna ainda mais perigosa. Passo por momentos de extrema indecisão, aonde meu excesso de zelo pode me levar a errar novamente, por descuido. Acho que quando nos preocupamos demais a ótica das coisas toma uma perspectiva embaçada, abstrata, e só, talvez, um pouco mais de longe, possamos então enxergá-la por uma perspectiva mais apresentável, mais lógica. Além disso, um outro caminhãozinho de pequenitudes insiste hora ou outra tornar a desembarcar algum pequeno desafeto, na maioria das vezes comigo mesmo. Só lamento por ter desperdiçado a oportunidade de ter escrito em outros momentos textos muito mais alegres, nem melhores nem piores que este, irmãos de sangue.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Poema miniatura

Brindei aquilo que é pequeno;
Por cima dos ombros de gigantes.

São tempos onde manda o que se esconde;
Um mundo de dados em forma de ponto.

O importante é ser grande por dentro
Ser fino por fora, é mais elegante...

A capa muitas vezes confunde;
E esconde um conteúdo e tanto.