sábado, 19 de junho de 2010

Daltonismo

O daltonismo pode representar uma vantagem evolutiva sobre as pessoas portadoras de visão normal, tal como descrito num artigo publicado pela BBC Online. [2]
Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Cambridge demonstrou que algumas formas de daltonismo podem, na verdade, proporcionar uma visão mais aprimorada de algumas cores.
Durante a 2ª Guerra Mundial se descobriu que os soldados daltônicos tinham mais facilidade para detectar camuflagens ocultas na mata.
Os daltônicos possuem uma visão noturna superior a de uma pessoa com visão normal.
Eles também são capazes de identificar mais matizes de violeta que as pessoas de visão normal.
A maioria dos daltônicos não sabe que possui esta anomalia.
A percepção das cores varia muito de uma pessoa com daltonismo para outra.
O pintor Vincent van Gogh sofria de daltonismo.
A incidência de daltonismo é maior entre os descendentes de europeus.
Os daltônicos vêem, em média, entre 500 a 800 cores.
Normalmente as cores prediletas de quem tem esta alteração genética são o azul ou roxo, por serem cores vivas.
Para os daltônicos o arco-íris não possui 7 cores. Na verdade, o número de cores do arco-íris é arbitrário, uma vez que não há limite bem definido entre elas, pois se trata de um espectro de variação contínua. A divisão entre as cores segue padrões definidos culturalmente. Muitas línguas, como o tupi e o japonês tradicionais, juntam azul e verde sob um mesmo nome. Quem "definiu" que o arco-íris teria 7 cores foi Isaac Newton, por questões de numerologia. É provável que a maioria das pessoas não separariam "anil" de "violeta", se não fosse ensinado a elas assim.
A proporção de generos dessa disfunção é de 75 homens daltônicos para cada mulher, o que fez com que se acreditasse durante muito tempo que as mulheres eram imunes a ele.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Texto de Luciana Milazzo (Mãe)

EFÊMERO..
(de pouca duração, passageiro, transitório)
Se pudéssemos ter consciência do quanto a nossa vida é efêmera, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes.
Muitas flores são colhidas cedo demais. Algumas , mesmo ainda em botão.
Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranquilas, vividas, se entregam ao vento.
Mas a gente não sabe adivinhar. A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor.
E descuidamos. Cuidamos pouco. De nós, dos outros.
Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos.
Perdemos dias, às vezes anos. Nos calamos quando deveríamos falar, falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.
Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação. Não damos um beijo carinhoso "porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.
E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós.
Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente. Cobramos dos outros, da vida, de nós mesmos.
Nos consumimos. Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente. E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos? Isso faria uma grande diferença!
E o tempo passa...
Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.
Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás. E então nos perguntamos: e agora?
Agora, HOJE, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos.
Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.
Não olhe para trás. O que passou, passou. O que perdemos, perdemos.
Olhe para frente!
Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor.
Ainda é tempo de voltar-se para Deus e agradecer pela vida, que mesmo efêmera, ainda está em nós.
Pense!...
Não o perca mais!...
"O que somos é um presente que a vida nos dá. O que nós seremos é um presente que daremos à vida."


Luciana Milazzo

terça-feira, 15 de junho de 2010

mazal-tov !

Nunca tive uma festa de Bar Mitzvá, nunca fui judeu. Mas com certeza compreendi todo o encejo do ritual de passagem, que com muita alegria, comedida e mensurada, representa o despertar das responsabilidades de cada um de nós, quer sejamos homens ou mulheres, não apenas perante os nossos irmãos, mas perante Deus principalmente e em segundo plano, perante nós mesmos. Ou seja, o ritual de Bar Mitzvá é a grande maçã do Éden, a culpa, o saber da condenação. A torah é introduzida e uma vez que você tenha conhecimento dela é tarde demais. Muitas vezes, dentro da minha própria religião questionei este saber que condena e teimo em pensar que a ignorância de certas coisas é de fato uma benção, que nesta situação hipotética até implicaria senão em uma absolvição, em uma redução de pena. De fato a curiosidade acabou levando o homem ao pecado; pouco se fala sobre a sabedoria de simplismente deixar algumas perguntas de lado, de não procurar chifre em cabeça de cavalo. Penso também que a curiosidade foi da mulher, e que a culpa do homem estava em querer agradá-la. Outro erro universal. Não tente agradar uma mulher esperando de fato conseguir. Nunca encontrei em vida uma mulher plenamente satisfeita, sempre sobram dois quilos. No que concerne ao Bar Mitzvá que bom seria que todos fossemos judeus e que de fato fossemos responsáveis no sentido pleno da palavra. Já que não somos, me resta apenas este impulso quase irresistível de quebrar aquela garrafa de Ypióca na cabeça de alguém, e gritar "mazal-tov" esperando assim encarecidamente que ao menos o juízo retorne com a pancada.

BOOM !

Ufa! Retorno como quem sai debaixo d'água, o arfejo desesperado soando quase como um grito no intuito de simplismente respirar. Me sinto confortável aqui, não é como se fosse algum vencedor do Pullitzer, nem ao menos sou um cronista de uma revista de pormenores, mas hoje percebi que sou um escritor. Porque escrevo coisas e me sinto bem. Eu tenho prazer em fazê-lo. Hoje o tão falado Galvão Bueno comentou que o melhor psicólogo para um atacante deprimido é a rede do adversário. Pois para mim é isto. A tônica dos últimos dias vinha girando em torno de novos aprendizados, novas reflexões e é claro ESPORTES. Tudo muito agradável até o dia de hoje. O que era tônica, perdeu o gás. Deixei que a panela de pressão gritasse até explodir e o que eu havia colocado lá dentro, temo que tenha se perdido para sempre. São conteúdos lábeis, voláteis, irrecuperáveis. No começo fiquei irritadiço, depois depressivo e agora obviamente maníaco. Penso e repenso trejeitos maquiavélicos de contornar toda esta situação e conseguir o meu tão desejado e egocêntrico sossego novamente. Refleti sobre o programa que assisti outrora no National Geografic sobre Atiradores de Elite, subitamente desejei ser um deles. Nem tanto pelo matar em si, mas o fato de perseguir alguém dia após dia, impondo medo e terror, hoje, me atraíu. E NÃO! Isto não é uma indireta e e eu não sou um psicopata (Uma destas duas afirmações é falsa). Decidi não dormir para não perder a hora. Há tempos que não acordo às seis da manhã, inclusive, esse é um horário que há muito estava praticamente morto para mim, pois de costume durmo pelas quatro, cinco da manhã e acordo às oito, meio-dia. Portanto exatamente às seis não sei o que se passa, e confesso esqueci. Fiz questão, acho que me lembrava os tempos de colégio.