sábado, 10 de setembro de 2011

Life goes on

Ando escrevendo a vida, mudo, assustado com o turbilhão em que tudo se condensa e se expande. Só me resta orar para que Deus tome conta, mas, sabendo que as coisas acontecem, a vida acontece. E que ela será boa de qualquer forma, porque isso vêm de Deus e um pouco de mim, já que eu sou um pouco dele.

sábado, 7 de maio de 2011

Ourselves

Que grande mistério somos, ambos, encarcerando tal gama de sentimentos, de todas as sortes, em um único recipiente, o nosso. Somos um vasilhame sem fundo e sem tampa, cabe a nós nos preenchermos com extrema cautela, para que tenhamos as porções boas que criamos sempre a alcançe das mãos, na superfície, quem sabe para tirarmos eventualmente um sorriso da manga, um afago. Quanto aos desencontros, as desavenças, que os deixemos sempre de fora, pois é sabido que uma única laranja podre pode contaminar toda uma bela cesta. Imperfeitos e feitos um para o outro, somos agora, o que é e o que está por vir. Somos este extravagante vasilhame, repleto de cores, o qual de ti puxou a beleza e de mim qualquer coisa que seja. Gostaria eu de acrescentar todos os dias um pouco mais de você, meu tempero, minha música, porém, com você sempre vai um pouco de mim. Fazemos parte de uma inusitada sinestesia. Um pote, onde colocamos primeiro o amor, seguro de si, mas preso ao mais frágil dos cofres, nós.

sábado, 19 de março de 2011

Venho lhe contar as boas novas, agreguei à solenidade um balde de surpreendentes novidades, as quais tem dividido meu tempo entre viver e compreender. O último mês de minha vida é hoje um forte concorrente para melhor filme, melhor roteiro e quem sabe até melhores efeitos especiais (principalmente a chuva). Com seu gracejo supersônico me rodopiou três vezes antes que eu se quer caísse em terra firme e percebesse as nuances do que está acontecendo entre nós dois. Ando carregando esta insolente certeza de que tudo está se encaminhando para um inexorável final feliz. Vivendo doravante sob o conceito do único, do insubstituível, do incondicional. Pisando em ovos, para não quebrar a confiança, a compreensão e o carinho. Adoro particularmente suas caras e bocas, todas elas, do ápice de charme e elegância até o bico de criança pidona. Fico boquiaberto com seu estilo menina-mulher, a irreverência e o inesperado. Pra quem gosta de personalidade forte é um prato cheio, você mesma possuí umas três delas, e eu as adoro, todas elas, não abro mão de nenhuma. Foi gostoso te conhecer pela segunda, mas, primeira vez. Tenho me esbaldado no que parece ser o trailer de uma obra-prima, daquelas que lembraremos um dia e nos orgulharemos de não acrescentar nem remover coisa alguma, porquanto será, em si, de fato, inesquecível. That's my promisse, and my heart, for you.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Life's a puzzle

O ser humano está sempre em busca de algo. Esse é um ponto que nos une de maneira dogmática, a despeito de nossas diferenças sempre almejamos esta ou aquela coisa. Muitos de nossos desejos são modelos impregnados por gerações sobre o que é bom, o que é certo, todavia, possuímos auspícios próprios edulcorados por nossa personalidade, psiqué, psicoses. Essa é uma das maravilhas de SER, a expressão máxima de nossa individualidade. Existem aqueles que buscam luxo e os que buscam simplicidade, os que buscam poder e os que buscam tranquilidade, todos estes vivendo de acordo com suas próprias regras e algumas outras impostas moral ou legalmente. Quando me pego analisando meus próprios planos percebo que planejei demasiadamente, talvez muito para os anos que me restam. Me confundo com aquilo que para mim ainda é incerto e me surpreendo com a certeza de certas vontades, com a consistência de alguns planos. Em uma análise mais profunda percebi que o plano para viver de forma simples geralmente percorre os caminhos mais complexos, e hoje, passo os meus dias flertando com meus sonhos, piscando para meu futuro. E não lhe incluirei em meus planos, já que você, tornou-se parte indispensável de meu futuro. Os meus planos que se adaptem a você, oras bolas.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Blind

Estive cego. Tateando pela vida em busca de formas, de superfícies. Tropeçando em meus próprios vícios, minhas estúpidas manias, buscando uma profundidade perene, a qual fosse de exígua extensão de modo que não me engolisse eventualmente. Estive perseguindo o cheiro dos outros, provando do amargo da decepção, principalmente comigo, pois com certeza tive que me digerir vez ou outra. Este era o meu mundo e eu havia esquecido a saída, não me recordava ao menos do que se tratava, um limbo.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O dia e eu.

Um dia médio. Inexpressivo como um ator barato que gostaria de deixar a carreira de modelo e fazer novela. É muita medíocridade para um dia só, como se eu houvesse chateado alguém lá em cima e o céu estivesse emburrado comigo, cinza, quente demais pra ficar dentro de casa e frio demais para correr lá fora. Acordei com aquele silêncio que vêm de forma confortável umas quatro vezes ao ano, no limite tênue entre o choro e o riso, não há motivo algum para tristeza tampouco para sorrir demais, é o dia do sorriso amarelo. De certa forma, parece que inconscientemente aguardo esse dia o ano todo, um dia onde vou ouvir músicas antigas, ver fotos da família que está distante, lembrar dos que foram, das pessoas que sinto saudade. Descrevendo assim parece um dia bem depressivo, mas não, eu passo todo o decorrer destas incomuns 24h aguardando que algo extraordinário aconteça, e por extraordinário eu quero deixar bem claro que digo também das pequenas coisas ("adj. Que não é conforme ao costume geral ou ordinário"), ou seja, pode ser até um soco na cara, não significa que vai ser bom... Mas geralmente eu costumo desejar coisas extraordináriamente boas, claro. E escrever pra mim é uma destas coisas, que faço porque gosto e gosto porque gosto oras bolas, e isto é o mais bonito de tudo. Eu também gosto de mulher, artes marciais, instrumentos de percussão, de cozinhar, de mulher, de água quente, de dinheiro, de tecnologia funcional, de mulher, de boas roupas, de medicina, de filmes e várias outras coisas, já falei que eu gosto de mulher? E em contrapartida odeio menta, Milton Nascimento (Eu sei, é paia, mas eu realmente não gosto), de pernilongo, fila, banheiro químico, lag, e quaisquer situações em que sou privado das coisas que gosto, ou que, eu goste secretamente mas por ser ruim, evite. Como dançar forró ou sertanejo. É ridículo, mas eu só aprendi a fazer o giro agora, com 22 anos. Antes disso ficava aquela situação tensa, a expectativa do giro, e depois a frustração que usualmente vem de duas formas, ou porque eu volto a dançar aquele mesmo passo de sempre e não faço giro algum, ou porque eu faço um giro, e erro, sendo portanto obrigado a girar também sobre meu próprio eixo de forma completamente descoordenada e SEMPRE, SEMPRE no sentido contrário.