segunda-feira, 29 de junho de 2009

Casa

Ah! Nada como a casa da gente
Um menino magrelo
O outro gordinho
Um cachorro amarelo
O outro peludinho

Dormir de madrugada
E o almoço bem quentinho
Sexta é na fazenda...
Que eu faço um churrasquinho

Na semana fico quieto
E malho direitinho
Ligo pra namorada
Pra mostrar o meu carinho

Final de semana eu saio
Pra me divertir um pouquinho
Passear com velhos amigos
Que nunca me deixam sozinho

Eu vou trabalhar com o papai
Para aprender sempre um bocadinho
Depois eu combino com a mamãe
Da gente assistir um filminho

E na casa da vovó
Sempre rola um almoçinho
A vovó prepara a comida
E o vôvô cuida dos passarinhos

Esse é um texto bem simples
Parece que sou um menininho
Isso é porque aqui em casa
Serei sempre o "nosso filhinho".

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Atiraram na pessoa errada, e erraram.

É duro ser aquele que com a razão destrói a utopia alheia, o grande estraga-prazeres. Queria eu ser mais inocente, menos macaco-velho, pra quem sabe cair novamente nas velhas promessas, no conto do vigário. Devia era ficar calado, fazer que sim com a cabeça, pra depois só escutar o estalo que a vida faz quando acerta alguém. Mas eu não aprendo nunca, sou descendente de italianos e mafiosos, e se há algo que os mafiosos faziam como ninguém é isto: Saber esperar a hora certa para o golpe derradeiro. Mas o povo tem pressa, tem sede de justiça, e de tanta sede se farta e se afoga. Já eu não, sou do tipo que poderia saciar a sede com um conta-gotas, mas me tomaram o copo e me deixaram sem opção. Agora é esperar que o copo pelo menos não se quebre, nem que a água se derrame em ninguém. É legal ver o pessoal unido pelo mesmo objetivo, o triste é ver tanta hipocrisia, tanta contradição. É o dia que os homens viraram santos, esqueceram de si e lutaram pelo impeachment. O que passou despercebido foi que derrubaram um vereador enquanto o problema era o presidente.

Férias

Ah! Sinto-te querida...
Cada vez mais próxima.
Linda e passageira
Como as aves de rapina.

És a aurora de minha vida
No ano bem escondida;
Um intervalo desta chuva
Que insistiu em me molhar.

domingo, 21 de junho de 2009

O impostor

Olá meu nome é Paulo Loyola. O pessoal já chegou com os amplificadores? Eu mandei vir faz muito tempo já, esse povo não tem jeito, eu vou ter que resolver isso eu mesmo (E vai entrando...) Oi, eu vim buscar minha pulserinha do camarote, o Pedro mandou pegar aqui com você! Isso, eu quero pros três dias... (E arruma as pulseiras) Opa! E aí brother, tá aqui o ingresso, vou deixar com o brother lá... (E volta e põe no carro). E foi assim só no Pedro de Lara que L e B conseguiram curtir a vida. hauahaiuhauihaiuhaiuhaiuhauha.

Internal Joke.

Um dia

Ele abre a porta, não tranca só encosta... Talvez que fosse pra fugir, ou de modo que alguém pudesse entrar. De qualquer forma, de veste que fosse. O importante é que valesse o preço do pedágio. E quando o sono vencesse, e desse o abraço, e a noite dormisse, a gente dormiria em cima dela. E o sol acordasse mais bonito, refletido em você, brilharia muito mais, talvez até me deixasse bronzeado, corado, sem vergonha, com saudades. E quando você se fosse, eu faria um calendário, faria uma música, plantaria um canteiro de rosas, só pra quando você voltasse. E se não voltasse eu choraria, bagunçaria a casa, deixaria a barba crescer, mas a porta estaria sempre encostada na esperança que você lembrasse, e se acaso pudesse, retornasse.

quarta-feira, 17 de junho de 2009



As plantas carnívoras tropicais estão entre as mais estranhas espécies do planeta, digerindo formigas e outros insetos que escorregam e caem em seus bojos. Mas a Nepenthes lowii, uma planta carnívora encontrada em Bornéu, é ainda mais estranha. Ela obtém sua nutrição não de insetos, mas de tupaias, roedores que vivem em árvores e utilizam as plantas carnívoras como banheiro.

Jonathan Moran, da Universidade Royal Roads, no Canadá, com Charles Clarke, da Universidade Monash, da Malásia, e colegas descrevem essa "nova estratégia de retenção de nitrogênio" em estudo publicado pela revista Biology Letters. Usando análise isotópica, estimam que as fezes de tupaias que se depositam no bojo da planta representem uma fonte significativa do nitrogênio que ela consome.

A N. lowii é encontrada em altitudes mais elevadas, onde formigas e outros insetos são menos abundantes, disse Moran, que estuda plantas carnívoras há duas décadas. Em seu estágio imaturo, a planta desenvolve um bojo posicionado perto do solo, e sobrevive com as poucas formigas disponíveis.

Mas quando madura a planta produz cúpulas com bojos elevados, e as tupaias visitam as plantas para comer o néctar que elas excretam, o que as deixa posicionadas sobre o bojo.

"A função dita a forma", afirma Moran. "Os bojos da planta parecem vasos sanitários, ainda que nós sejamos educados e não façamos essa afirmação no relatório".

Isso vai além de viver na merda, é viver da merda. Existem outras espécies que já faziam isso: O vendedor de estrumes, a empresa que vende privadas, o besouro rola bosta, o proctologista, a empresa de papéis higiênicos, pampers, turma da mônica, e eu acabei percebendo enquanto escrevo aqui que merda na verdade sustenta muita gente.

Junho é ruim de português

Reparei que tudo que eu escrevi em junho foi uma grande e redonda merda. E como eu sou narcisista demais pra assumir que a culpa é minha eu a transferi para o mês de Junho. E isso é a melhor coisa sobre ter um blog. Aqui é meu mundo, my rules. Aqui Junho tem o veredicto: Culpado, e pronto. Não há retórica, muito menos direito de resposta. o pior de tudo é que eu quero escrever, mas fico sem graça de que alguém tenha que ler esse lixo. Quem sabe o velho matemático, não-criativo Junho me dê uma folga para que eu poste alguma idéia interessante.

Produção

Confesso que nestes últimos dias a produção e qualidade do que está sendo postado neste blog, ou não, tem reduzido drasticamente. Acontece que passo por períodos de prova e ando muito desconcertado com todo esse movimento. É professor que sumiu e quebrou o braço, outro que veio e me quebrou as pernas, é nota sobre nota, menos nota, depois soma tudo e divide por quatro. É muita bagunça. E como se não bastasse, JB quis dar uma de Kubrick... Espero que não se torne um Tarantino. Não devido à qualidade dos dois diretores, mas porque nesse caso seria EU que teria os miolos explodidos em um filme de Tarantino. Tenho sido surpreendido com grandes recompensas em pequenos espaços de tempo ultimamente, acho meio irônico já que no geral as coisas andam meio arrastadas, meio erradas, medianas. Minha vida anda bipolar, decidida, ou é muito bom ou muito ruim. Hoje é um dia com potencial altíssimo pra tanto um quanto outro. Só me resta aguardar.

Amém.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Vivendo no automático

João tinha um carro automático, um computador automático, controles automáticos. E ele fazia tudo automaticamente. Acordava, levantava do lado direito da cama, escovava os dentes, colocava a mesma roupa e saía para trabalhar em sua empresa de acessórios automáticos. Um belo dia João bateu a cabeça, levantou do lado esquerdo da cama, bebeu um vinho, colocou um roupão, saiu a pé e foi tocar violão na praia.

hehehehehe

:D

Eu não sei o que eu queria dizer, mas está dito.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Rendez-vous

A rebeldia dá de caras com a burocracia em um shopping center e começam a conversar. A rebeldia chegou de cabelos longos, um discurso idealista e antigas reclamações. A burocracia com seu terno preto nem a ouviu, logo entregou um monte de formulários há serem assinados. A rebeldia tinha a razão, a burocracia o poder, dois pesos de medidas bastante distintas. A rebeldia era jovem, ingênua, mas correta, justa. A burocracia por outro lado é um senhor de cabelos brancos, homem barbado, que já conhece o funcionamento das coisas e das pessoas. A fala da rebeldia era entusiasta, otimista, demonstrava muita lógica. A burocracia ouviu-a com muita atenção e pediu que procurasse sua grande amiga, a demagogia, em uma reunião no dia seguinte. Até hoje a demagogia jura procurar a melhor solução para todos os lados enquanto os papéis rodam nos trâmites da burocracia. A rebeldia sozinha, espera pacientemente, mas a cada dia que passa, brada menos, fala menos, acredita menos. A rebeldia até cortou o cabelo, tirou o brinco, e hoje flerta com a praticidade.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Cortaram a minha energia

O mantenedor da tocha que carrega a luz das noites foi extremamente sarcástico quando lhe fiz uma proposta. Ele apagou com suas lágrimas a tocha que havia em minha casa, não porque eu havia lhe dito algo rude, mas porque mantinha comigo algo que lhe pertencia. Depois lhe ofereci que dividíssemos o que era dele, pois já há muito tempo estava sumido. O velho homem e seu bigode disseram: Tudo ou nada! Eu resmunguei, articulei, bati o pé, fiz mandinga. Mas nada. Então se era nada que me resta, só posso lhe oferecer nada, ou tudo do que não tenho, disse a ele. Mas já faz tempo isso, e a geladeira chora em meu apartamento de saudade da luz, a televisão fez greve, não diz mais nada. Por isso acho que vou voltar lá, e levar alguma coisa que ele queira. Porque ele tem algo demasiado valioso e eu tenho prova na sexta-feira.