sexta-feira, 30 de julho de 2010

Mulher

Ó beleza, onde está tua verdade? Parafraseando Shakespeare para quem sabe, dirimir a embasbaquice que me contorna às pressas e já dá tantas voltas, que ando com ares de retardatário. Amante da beleza desde o primeiro tapa, ainda desdentado, imberbe, trago comigo o sentimento da mais profunda insensibilidade para tudo aquilo que é, em verdade, exageradamente belo. Uma bela pintura, uma boa música, são obras humanas, altamente apreciáveis e porquê não, maravilhosas. Entretanto, uma bela mulher, é obra do Divino, é prova concreta daquilo que a fé não exprime, que os lábios não explicam. Uma bela paisagem pode ser explicada, pelo clima, por preservação, pela mata vigente, entre inúmeros outros aspectos. Mas a bela mulher em si, não se explica, nem ao menos se compreende. Tendo que a beleza, não circunda apenas os bolsões da genética. Mesmo esta, é resultado de milionésimas dominâncias e recessos, e por ocasiões degringolam em faltas e excessos. A beleza é aquele número áureo resultante de todas as variáveis como voz, cabelo, olhos, personalidade, trejeitos, sensações e inclusive corpo, peitos e bundas. E por fim, mas não menos importante a última variável, que é a alma de quem a enxerga. Tal sinestesia é argumento incontestável do magnânimo, que por bom senso vamos adimitir, não concederia o dom da vida para um reles mortal. Apenas para uma obra-prima.

Nenhum comentário:

Postar um comentário