domingo, 21 de junho de 2009

Um dia

Ele abre a porta, não tranca só encosta... Talvez que fosse pra fugir, ou de modo que alguém pudesse entrar. De qualquer forma, de veste que fosse. O importante é que valesse o preço do pedágio. E quando o sono vencesse, e desse o abraço, e a noite dormisse, a gente dormiria em cima dela. E o sol acordasse mais bonito, refletido em você, brilharia muito mais, talvez até me deixasse bronzeado, corado, sem vergonha, com saudades. E quando você se fosse, eu faria um calendário, faria uma música, plantaria um canteiro de rosas, só pra quando você voltasse. E se não voltasse eu choraria, bagunçaria a casa, deixaria a barba crescer, mas a porta estaria sempre encostada na esperança que você lembrasse, e se acaso pudesse, retornasse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário